Fábio Ribeiro Gomes nasce no município de Ponte Nova, Minas Gerais, no dia 22 de junho de 1921. Filho de Manoel Gomes e Maria Marinho Ribeiro.
Faz seus primeiros estudos em Ponte Nova (MG), tendo concluído o curso primário em 1931. O curso secundário fundamental é feito no colégio Diocesano de São José, no Rio de Janeiro. Faz os cursos complementar e superior na antiga Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV) hoje Universidade Federal de Viçosa, onde cola grau e recebe seu diploma de agrônomo em 15 de dezembro de 1943.
Recém-formado, ingressa na Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais, onde exerce o cargo de agrônomo de abril de 1944 a dezembro de 1949.
Em 12 de janeiro de 1950, ingressa na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (hoje UFV) como auxiliar de ensino, lotado no Departamento de Genética, Estatística e Experimentação.
No magistério, sua atuação é sempre destacada. Rapidamente, ascende na carreira docente, atingindo os níveis de professor assistente (1952), professor adjunto (1953) e professor catedrático (1959).
Entretanto, sua carreira profissional não se restringe aos limites de sua universidade. Também no exterior, o valor do seu talento: em 1954, na Universidade de Purdue, Estados Unidos da América do Norte, obtém o título de “Master of Science” e, em 1958, o de “Doctor of Philosophy”.
De volta à sua Universidade, obtém o título de Doutor em Estatística Experimental, em 1959.
Em 1968, “por motivo do 25º aniversário de sua formatura e pelos vinte e cinco anos de intensos esforços pelo melhoramento da Agricultura Nacional”, a Escola Superior de Agricultura da Universidade Rural do Estado de Minas gerais (UREMG) lhe confere o Diploma de Reconhecimento e, em 1976, a Associação de Professores da Universidade Federal de Viçosa lhe outorga o Diploma de Reconhecimento “pelos serviços prestados à classe docente e ao Magistério”.
Falece na manhã do dia 19 de junho de 1978, em acidente com sua motocicleta, quando se dirigia para seu gabinete de trabalho no campus universitário, tendo seu corpo sido velado no Salão Nobre da Instituição, que foi, seu orgulho e à qual tanto engrandeceu.
Homem de caráter, ensinou honestidade; professor, com humildade, ensinou competência; companheiro e mestre dos estudantes, sorrindo, ensinou amizade e respeito; colega, amável, inspirava confiança; esposo, sereno e fiel, assegurou a paz e a alegria no lar; amigo de todos e de cada um, sempre atento, sorridente, cordato e seguro, não vai nunca, porque quem viveu assim fica, e sempre ficará, na lembrança e na saudade de quantos respeitam o sábio, que não alardeia o imenso saber, o amigo e conselheiro de todas as horas, o mestre que fazia do ensinar a alegria dos seus dias.
E tudo isso fazia sem vaidade, sem ostentação, na tranqüilidade e serenidade dos que nasceram para os bons, dos que sentem uma invencível, uma inevitável vocação para servir, dos que são eternos na brevidade da vida que viveram ensinando o bem, a dignidade e a honra.
Cientista inquestionável, mas tinha o orgulho inescondível de ser professor. E, cientista, ensinou , como ninguém, porque o fazia com amor.
Um homem assim nunca se vai, nunca desaparece da lembrança dos que tiveram a ventura de conviver com ele, na doce segurança dos seus ensinamentos, e muito menos da eterna saudade da Universidade Federal de Viçosa, que teve a honra de tê-lo como um dos mais lídimos expoentes do seu magistério.
Tarcísio Gomide
1988 |
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