Ingressa no curso complementar da então Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Minas Gerais, hoje Universidade Federal de Viçosa, que freqüenta nos anos de 1938 e 1939 e onde, posteriormente, entra no curso de Agronomia, terminando-o em 1943.
Inicia sua carreira profissional como agrônomo regional da Secretaria da Agricultura do Estado de Minas Gerais, no município de Pará de Minas, onde permanece no primeiro semestre de 1944. No semestre seguinte, inicia sua brilhante carreira como docente universitário, ingressando no Departamento de Zootecnia da Escola em que se formara, na qualidade de professor assistente. Por concurso, passa a professor adjunto em 1953. Em 1959, por concurso público de títulos e provas, ocasião em que defende a tese “Corre1ações genéticas de pesos e ganhos em peso de zebus no período de aleitamento”, passa a professor catedrático de Melhoramento de Animais Domésticos. Em 1967, aposenta-se na UFV.
Nessa instituição exerce relevantes funções: chefe do serviço de Experimentação e Pesquisa (1960-62); membro do Conselho Universitário (1960-62, 1965-67); vice-reitor (1961-62); presidente do Conselho Técnico de Experimentação e Pesquisa (1961-62); presidente do Conselho de Pós-Graduação (1961-62); e diretor-geral de Experimentação e Pesquisa. Ainda quando docente na UFV, dirige o Instituto de Experimentação e Pesquisas Agropecuárias da Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais (1964-66).
Continua sua carreira docente, como regente da Cátedra de Zootecnia Especial na Escola de Agronomia e Veterinária da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia. Nessa instituição, permanece um e meio ano (1967-68), tendo chefiado o Departamento de Zootecnia e lecionado Zootecnia Geral e Melhoramento Animal.
Voltando a seu Estado natal, é contratado, em fins de 1968, como professor titular de Melhoramento Animal, pela Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Nessa escola, dedica-se principalmente à pós-graduação, lecionando Genética de Populações e Melhoramento Animal e atuando como orientador de tese de diversos estudantes do curso de mestrado em Zootecnia. É nesse período que desenvolve sua maior produção científica.
Recebe o título de Master of Science, em 1954, em Iowa State College , nos EUA, com a tese “Factors affecting gains of swine in a herd at Viçosa in Brazil”, e o de Doutor em Melhoramento dos Animais Domésticos, em vista de sua aprovação no concurso de professor catedrático, na UFV, em 1959.
Participa de bancas examinadoras de diversos concursos para professor assistente, adjunto e catedrático. Participa ainda de muitas bancas examinadoras de teses de mestrado, tanto na UFV como na Escola de Veterinária da UFMG. Comparece a diversos conngressos, seminários e painéis profissionais, tanto no Brasil como no exterior, e realiza conferências e palestras. Membro das seguintes associações: Sociedade Mineira de Engenheiros-Agrônomos, Sociedade Brasileira de Zootecnia, Sociedade Brasileira de Genética e Asociação Latino-Americana de Genética.
Tinha grande interesse pelas áreas de Melhoramento Genético dos Animais, especialmente gado de corte, gado leiteiro e suínos, e Experimentação Animal. Seus trabalhos de pesquisa, todos nessas áreas, atingem cerca de 80 publicações.
Consegue bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, na categoria Pesquisador 1A, a mais alta concedida por esse órgão.
Ao falecer em 6.3.1983, deixa viúva D. Nilce de Almeida e Silva Torres e sete filhos (todos engenheiros-agrônomos): Roberto, Rodolpho, Ronildo, Robledo, Rodrigo, Rosalva e Rosaura.
Excelente professor, brilhante zootecnista, exemplar chefe de família, dedicado companheiro de seus colegas de trabalho, José Rodolpho Torres prestou relevantes serviços à Zootecnia, à UFV e ao Estado, sendo exemplo para as novas gerações.
Clibas Vieira, Revista Ceres. Set/Out. 1983
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