Personagens
 

Octávio de Almeida Drumond

Forma-se em Agronomia (turma de 1934), pela Escola Superior de Agricultura  e Veterinária – ESAV e, no ano seguinte ingressa em seu corpo docente, como assistente do professor Albert Stanley Miller, o primeiro fitopatologista da Escola, trazido por Rolfs em 1929.

Participa do primeiro Congresso de Fitopatologia, realizado no País, em 1935, na sede do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Registrem-se suas pesquisas conduzidas aí  na década de 30, com Ralstonia solanacearum e Xanthomonas campestris pv. manihots.

Enquanto professor da ESAV, faz viagens de estudos e realiza treinamentos em Fitopatologia nos Estados Unidos (Iowa, New York, Texas, Lousiana) e na Europa (Grã-Bretanha, Holanda, França), sendo o mais longo deles, de um ano, na University de Cambridge.

Na ESAV, faz parte do grupo dos fundadores da Revista Ceres e do Herbário Micológico, ambos orgulho da atual UFV. Também, como um dos fundadores, cria a  revista PAB, hoje importante veículo de divulgação da Embrapa. Em 1949, deixa a Instituição e passa a fazer parte do corpo de pesquisadores do recém-fundado Instituto Agronômico de Minas Gerais (IAMG), onde permanece até 1960. Trabalhou também em outros órgãos como o Ministério da Agricultura, DNPEA e Embrapa.  Em 1981, retorna a Belo Horizonte, como pesquisador da Embrapa, lotado na Epamig, utilizando, para suas pesquisas, laboratórios do antigo CIAP, hoje IMA.

Fundador de revistas científicas importantes, como Ceres e PAB, com treinamento cosmopolita em vários locais do mundo, definidor e mantenedor de importantes linhas de pesquisa em várias instituições por onde passou, homenageado várias vezes por inúmeras associações cientificas, foi um exemplo para os pesquisadores iniciantes. Com o professor Octávio de Almeida Drumond, a Fitopatologia como ciência, a UFV como Instituição e cada agrônomo, cada cientista deste país tem uma dívida e um compromisso de respeito.

Extraído do texto do professor
 Reginaldo da Silva Romeiro, publicado no UFV Informa de 29.6.2001.