Nascido em Curvelo-MG, em 8 de março de 1910, Paulo Pena de Salvo forma-se, pela primeira turma de Agronomia de 1931, na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Estado de Minas Gerais - ESAV, hoje Universidade Federal de Viçosa. Sua principal atividade, como gostava de ressaltar, era ser fazendeiro, com criação, recriação e engorda de bovinos, produção de grãos (arroz, milho, feijão e soja), em regime de alta mecanização, com plantio, pré-limpeza, secagem, classificação e armazenagem clássica e em silos metálicos, realizando, assim, na agricultura, um trabalho de integração vertical, em sua fazenda Diamante, no município de Corinto-MG.
Mantendo, sempre, estreita ligação com a UFV, em suas atividades, participa ativamente na vida administrativa e política do Estado, como fundador e primeiro presidente da Associação de Crédito e Assistência Rural de Minas Gerais (Acar, hoje Emater-MG); primeiro presidente do Conselho Administrador da Empresas de Economia Mista Agrárias de Minas Gerais; primeiro presidente e fundador da Sociedade Rural de Curvelo; membro, em três períodos, da diretoria da Federação da Agricultura de Minas Gerais; e estagiário da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg).
Realiza, a convite do governo dos Estados Unidos, dois estágios nesse país, com duração de 180 dias, para estudos sobre Crédito Rural e Análise da Agricultura.
No campo político assume os cargos de prefeito municipal de Curvelo, por duas vezes, de deputado na Assembléia Legislativa e de secretário do Estado de Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho de Minas Gerais.
Com a colaboração efetiva de uma equipe, da qual constavam também vários ex-alunos da UFV, visando à integração Universidade/Comunidade, organiza, dentre outros, o Programa de Colonização do Estado de Minas Gerais, conhecido como Projeto Jaíba (parte do Programa de Reforma Agrária estadual, com variados desdobramentos); aprovado pelo governo Magalhães Pinto e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento; o Aproveitamento das Terras de Cerrado de Minas Gerais e do Brasil Central; o Estabelecimento de Filosofia para Criação do Instituto Estadual de Florestas (IEF); Plano de Fruticultura; o Plano de Peixamento das Represas de Minas Gerais; e as Bases para a Criação das Unidades de Penetração Rural do Estado, proporcionando à área rural mineira um suporte técnico de ensino para sua agricultura, além da assistência de saúde.
UFV Informa, dezembro. 1981
|
|