Raymundo Lopes de Faria nasce em Viçosa, MG, em 13 de agosto de 1905. Após concluir o ensino secundário em sua terra natal, muda-se para o Rio de Janeiro, onde, trabalhando como carteiro e jogando futebol pelo Fluminense Futebol Clube, forma-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1930. Casa-se, nessa cidade, com Emília Mattiy, com quem tem três filhos.

Em 1933, ingressa na então Escola Superior de Agricultura e Veterinária - ESAV, hoje Universidade Federal de Viçosa, como médico do Serviço de Saúde e professor nas áreas de Biologia e Zootecnia, e assume, por diversas vezes, em substituição ao titular, o cargo de diretor da ESAV.

Especializa-se em Medicina Desportiva, no Rio de Janeiro, e agrega, às suas tarefas docentes, a de assistência e supervisão esportiva, no Departamento de Educação Física.
Aposentado, é recontratado pela Universidade Federal de Viçosa e lotado na Escola Superior de Ciências Domésticas e, posteriormente, no Departamento de Biologia Animal, onde trabalha até março de 1979, totalizando 46 anos de serviços prestados à Instituição.

Médico de notório conhecimento e de assiduidade ímpar no cumprimento de suas funções, nunca deixou de trabalhar no Hospital São Sebastião, sendo um dos principais responsáveis por sua consolidação.

Respeitado e admirado por seus colegas recebe, por sua dedicação, o carinhoso apelido de “Limpa-filas”, sendo seu valor primordial auxiliar o próximo.
M édico do “Lar dos Velhinhos”, aí empresta seus serviços, gratuitamente, por muitos e longos anos.

Amigo de todos, crítico cáustico e contumaz dos costumes, e, nas horas vagas, exímio músico (trompetista), era participante nato das famosas serenatas que alegravam as noites dos viçosenses, amigos da boa música. Ao seu empenho deve-se o ressurgimento da Banda dos Funcionários da ESAV, na segunda metade da década de 60, a qual estivera, por longo período, desativada.

Falece em 9 de janeiro de 1993, deixando enorme lacuna na cidade e na Universidade a que tanto se dedicou e serviu.  

                       Fonte: Marisa de Faria Morelli e Gilson Faria Potsch Magalhães